O Advogado Dr. João Rangel deixou hoje o caso Ananias dos Santos, suspeito de matar duas irmãs na cidade de Cunha (SP).
Segundo o advogado, o fator principal para deixar os trabalhos foi o fato de Ananias participar da reconstituição do crime após ser orientado a não comparecer. Segundo Dr. João Rangel, ficar sabendo que o cliente está participando de um ato de tal importância apenas pela internet fez com que optasse por deixar o caso.
Sobre a questão do exame de balística Dr. João afirmou que isso influiu pouco, tendo em vista que é uma prova que pode ser rebatida por nova perícia, inclusive particular. O defensor afirma que o que mais pesou foi o fato de ser contratado por Ananias sob as afirmações de que era inocente e jamais teria cometido tal crime, mas ao longo da semana ele agiu de forma completamente contrária, o que não deu outra opção.
"Qualquer acusado merece uma defesa técnica de qualidade, independentemente do crime que tenha cometido. Nesse caso, eu continuaria a defender Ananias se ele colaborasse com meu trabalho, isso não aconteceu. Espero que ele tenha um julgamento justo, conforme a Constituição Federal e que seja acompanhado por um excelente advogado, mas esse tipo de crime nunca foi o perfil do meu escritório em mais de 30 anos de advocacia. Eu acreditava na inocência de Ananias, agora tenho muitas dúvidas e com dúvidas, eu não trabalho." Disse Dr. João.
Falamos também com os assistentes de Dr. João, Dr. Rodney Ramos e Dr. Thiago Vieira.
Para Rodney Ramos a opção foi no melhor momento "Eu creio que até poderiamos continuar, mas de fato nenhum advogado fica satisfeito quando um cliente não acata suas orientações, num caso desse, de grande repercussão, onde a imprensa está no escritório todo dia, fica ainda mais dificil trabalhar."
Thiago Vieira também concorda com o posicionamento do escritório "Bom, trabalho mais na parte cível do escritório e acompanhei menos esse caso, mas, creio que a decisão tenha sido acertada. Naturalmente o caso Ananias tem defesa, existem boas teses que podem ser argumentadas ainda. Ademais, podem haver nulidades e outros vicios ao longo do processo e nisso o advogado é fundamental, mas, vejo que Dr. João, com toda a sua experiência fez uma opção sábia.".
Sobre a possibilidade de defender Maria José, outra investigada pelo crime, Dr. João apenas diz que ela já tem advogado e que não tem nada mais a comentar sobre esse caso.
Tá ai pessoal, o Centro Acadêmico procurou cobrir esse caso e trazer o máximo de informações. Achamos que este não será o ultimo post sobre o assunto, mas, por um bom tempo não falaremos mais nisso.
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